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25 de abril de 2010

PASSEIO COM MEU FILHO - SEMEADURA





Passeio com meu Filho

Saio a passear... comigo vai meu Filho
Que fica dando as ordens do passeio:
– Pai, quero ir ver o Rio, aonde o brilho
Do sol faz mais bonito o meu recreio...

– É claro que as palavras não são estas,
Elas aí vão para causarem rima.
Por exemplo: ele agora quer florestas,
Também quer visitar a sua prima...

E juntos vamos nós pela cidade:
Vamos à Vó, na Praça, no Mirante,
Tudo numa total felicidade
Que da vida real fico distante...

No Bar do Celso toma Coca-Cola,
Porém, ele me insiste no sorvete...
Depois quer ir buscar Thaís na escola,
E chora porque quer um canivete...

Depois vamos à casa do Pacheco
E o Thalles ganha balas de presente...
Passa no céu um lindo teco-teco
E ele me faz perguntas de inocente...

Junto o Pacheco vamos ver o Rio,
E nos barzinhos da rua do Porto,
A todo o instante o copo está vazio
E logo o nosso passo fica torto.

O Thalles fica, na infantilidade,
Jogando mil pedrinhas sobre as águas,
Tudo numa total felicidade
Que da vida real, esqueço as mágoas...

Depois, com o Arakén e com a Jandira,
Que têm um lindo bar neste recanto,
Rola alguma historieta de mentira
Que risada provoca com espanto.

O Elias chega logo e com orgulho
Vai falando de sua esplêndida arte
Que é fazer os bonecos com entulho
E espalhá-los depois, por toda a parte.

Quem vê o Rio em a margem direita,
Pensa ver um montão de pescadores
Que estão fazendo uma ótima colheita,
– Mas eles estão mais plantando flores...

(O Thalles continua em seu brinquedo...)
Logo após, uma garça, em sua graça,
Voa, de leve, sobre um arvoredo,
Logo após, outra garça – chega e passa...

A tarde vai morrendo lentamente
Ao som de um violão e de um pandeiro...
Logo mais vem surgindo alegre, ardente,
Um genuíno samba brasileiro.

A criançada brinca em alvoroço,
E meu Filho tem várias companhias...
– Suor de terra escorre em seu pescoço,
E ele brinca com suas fantasias...

Atira pedras n’água, sobe em galhos,
Não tem parada: corre, pula, salta.
E desce até o Rio por atalhos,
Para ficar olhando a ave pernalta...

Fica tarde e lá vamos nós embora,
Vamos deixar Mestre Pacheco em casa.
Depois vamos chupar alguma amora
Para a língua ficar da cor de brasa...

O Thalles não se cabe de alegria...
Amanhã diz que vai sair comigo
Para fazer de novo mais folia...
(Ele está se saindo um bom amigo!)

Chegando em casa, está todo contente,
Conta para a Thaís que foi ao Rio,
E ela faz beiço, fica indiferente,
Depois, diz para mim num desafio:

(Novamente aqui vou tramando a rima...)
–“Ô Pai, não venha, não, mudar de assunto...”
(Com solene discurso ela me intima)
–“Se o Senhor for sair, eu quero ir junto...”

10.12.1987



Esio Antonio Pezzato

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