Saudade de meu Pai
Quando recordo, Pai, nosso passado,
Com o Sr. presente em nossa casa,
Na face o pranto escorre em densa brasa
Pois já não mais estas ao nosso lado.
Um ano, Pai! Que estás de nós ausente!
Ao tempo inexorável me sucumbo!
E a saudade, pesada como chumbo,
Tanto magoa o coração da gente.
O câncer foi te consumindo em vida
E lentamente, então, foste morrendo.
Nós víamos sem crer... e assim não crendo,
A todos ias dando a despedida...
Cada dia mais triste, mais calado,
Devas o eterno adeus aos que e amavam.
E enquanto os filhos teus, tristes, choravam,
A Mãe sempre te dava mais cuidado:
“Tome, Lasinho, este fortificante,
“Este prato de sopa está quentinho...
“Não quer tomar um pouco de caldinho?
“Vamos, Lasinho, coma tudo, jante...”
A Rege, a Dalva e a Lê, com vitaminas...
Porém, dizias que não tinhas fome...
E o câncer... (ai, este é o maldito nome!)
Ia pondo em teu corpo, atras ruínas...
Muitas vezes, levei-te até Campinas
Para fazer-te radioterapia.
Como doía, Pai, como doía
Ver o Sr. passar tão tristes sinas.
Nem fumar o Sr. tinha vontade...
Mas mesmo assim compraste fumo e palha...
Como eles eu forrei tua mortalha,
Tudo num simbolismo de Saudade.
Hoje, em casa, o passado está presente,
Tudo recorda que o Sr. é vivo.
Pois ainda está o teu lugar cativo
E estamos te esperando... inutilmente...
26.10.1988
Quando recordo, Pai, nosso passado,
Com o Sr. presente em nossa casa,
Na face o pranto escorre em densa brasa
Pois já não mais estas ao nosso lado.
Um ano, Pai! Que estás de nós ausente!
Ao tempo inexorável me sucumbo!
E a saudade, pesada como chumbo,
Tanto magoa o coração da gente.
O câncer foi te consumindo em vida
E lentamente, então, foste morrendo.
Nós víamos sem crer... e assim não crendo,
A todos ias dando a despedida...
Cada dia mais triste, mais calado,
Devas o eterno adeus aos que e amavam.
E enquanto os filhos teus, tristes, choravam,
A Mãe sempre te dava mais cuidado:
“Tome, Lasinho, este fortificante,
“Este prato de sopa está quentinho...
“Não quer tomar um pouco de caldinho?
“Vamos, Lasinho, coma tudo, jante...”
A Rege, a Dalva e a Lê, com vitaminas...
Porém, dizias que não tinhas fome...
E o câncer... (ai, este é o maldito nome!)
Ia pondo em teu corpo, atras ruínas...
Muitas vezes, levei-te até Campinas
Para fazer-te radioterapia.
Como doía, Pai, como doía
Ver o Sr. passar tão tristes sinas.
Nem fumar o Sr. tinha vontade...
Mas mesmo assim compraste fumo e palha...
Como eles eu forrei tua mortalha,
Tudo num simbolismo de Saudade.
Hoje, em casa, o passado está presente,
Tudo recorda que o Sr. é vivo.
Pois ainda está o teu lugar cativo
E estamos te esperando... inutilmente...
26.10.1988
Esio Antonio Pezzato
Gostou? Comente!!!
4 COMENTE AQUI:
Feliz quem consegue colocar em versos o quanto é importante a família. sucesso em seu versejar
Antonio Maria
poesie poeta Congratulazioni sono felice
Nazare
um blog maravilhoso
nazare
um blog maravilhoso parabens poeta Esio
Jacmes
Postar um comentário