A minha árvore
Tenho nas mãos punhados de sementes
Para semear nos campos adubados,
E delas nascerão árvores esplendentes
Que irão povoar a terra em verdes reluzentes
Onde hoje existem vales ressecados.
Faço covas no chão, e em cada cova planto
As sementes que trago em minhas mãos nervosas.
Com o coração feliz, no peito – canto!
E com o adubo faço um régio manto
E sinto ao meu redor – um perfume de rosas!
Rego com água fresca a cova pronta
E espero advir, ansioso, dia a dia,
A terra arrebentar... e espero... em ânsia tonta,
Em êxtase, a minh'alma, em sonhos se amedronta
Ao ver surgir o início da alquimia.
Tenro, frágil, humilde e fraco, à vida exposto,
Às intempéries, rijo e forte, vai vencendo!
Seu futuro de folhas mostra o rosto,
E pelo espaço vai tomando gosto
Pelos beijos do sol há delírio tremendo!
E ei-la forte alcançando o azul aéreo
Abrindo em largo leque a sua rama!
Bandos de aves no céu, desvendam seu mistério,
E sentindo o calor de maternal império
Cada bico em allegros geme e clama!
Eis a árvore frondosa a espalhar pelo campo
Sua soberba luz com fulgores de verde!
Bela, sem par, no mundo largo, escampo,
Brilhando à luz azul do pirilampo
Na imensidão sem fim que por tudo se perde!
A árvore que plantei, hoje, altaneira,
No vale seco, pobre e desmatado,
É o mais lindo exemplar da flora brasileira,
É o asilo de sombra, – é esverdeada bandeira, –
– Oásis para quem se vê cansado.
Eu, em seu largo tronco, às vezes, num abraço,
Deste meu coração mostro a alegria imensa,
Depois, feliz, repouso em seu regaço,
E cada galho seu se mostra um braço
E tenta me embalar com baladas de crença!
Que jamais mãos profanas e impiedosas
Venham roubar a sua carne, um dia!
E ela contemple sempre, alvoradas preciosas!
E em primaveras vibre em flores majestosas
Numa explosão de luzes e magia!
20.09.1997
Tenho nas mãos punhados de sementes
Para semear nos campos adubados,
E delas nascerão árvores esplendentes
Que irão povoar a terra em verdes reluzentes
Onde hoje existem vales ressecados.
Faço covas no chão, e em cada cova planto
As sementes que trago em minhas mãos nervosas.
Com o coração feliz, no peito – canto!
E com o adubo faço um régio manto
E sinto ao meu redor – um perfume de rosas!
Rego com água fresca a cova pronta
E espero advir, ansioso, dia a dia,
A terra arrebentar... e espero... em ânsia tonta,
Em êxtase, a minh'alma, em sonhos se amedronta
Ao ver surgir o início da alquimia.
Tenro, frágil, humilde e fraco, à vida exposto,
Às intempéries, rijo e forte, vai vencendo!
Seu futuro de folhas mostra o rosto,
E pelo espaço vai tomando gosto
Pelos beijos do sol há delírio tremendo!
E ei-la forte alcançando o azul aéreo
Abrindo em largo leque a sua rama!
Bandos de aves no céu, desvendam seu mistério,
E sentindo o calor de maternal império
Cada bico em allegros geme e clama!
Eis a árvore frondosa a espalhar pelo campo
Sua soberba luz com fulgores de verde!
Bela, sem par, no mundo largo, escampo,
Brilhando à luz azul do pirilampo
Na imensidão sem fim que por tudo se perde!
A árvore que plantei, hoje, altaneira,
No vale seco, pobre e desmatado,
É o mais lindo exemplar da flora brasileira,
É o asilo de sombra, – é esverdeada bandeira, –
– Oásis para quem se vê cansado.
Eu, em seu largo tronco, às vezes, num abraço,
Deste meu coração mostro a alegria imensa,
Depois, feliz, repouso em seu regaço,
E cada galho seu se mostra um braço
E tenta me embalar com baladas de crença!
Que jamais mãos profanas e impiedosas
Venham roubar a sua carne, um dia!
E ela contemple sempre, alvoradas preciosas!
E em primaveras vibre em flores majestosas
Numa explosão de luzes e magia!
20.09.1997
Esio Antonio Pezzato
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