XXXIV
Minha Palavra é feita de fumaça,
Baila no ar – basta apenas eu dizê-la.
Sem conteúdo ou forma, não embaça,
Também não brilha, por não ser estrela.
Eis a Palavra, mas não posso vê-la,
Pois, com o vento ao seu encalço, passa.
Assim que a falo, já não posso tê-la
E se torna ferina feita massa!
Se a pronuncio, vai rodando ao vento
E na metamorfose é monumento
E vira espada para o ataque pronta.
Tem o valor da prata por tesouro,
Porém, não dita, vale o peso em ouro
E o silêncio é que em transes amedronta!
Minha Palavra é feita de fumaça,
Baila no ar – basta apenas eu dizê-la.
Sem conteúdo ou forma, não embaça,
Também não brilha, por não ser estrela.
Eis a Palavra, mas não posso vê-la,
Pois, com o vento ao seu encalço, passa.
Assim que a falo, já não posso tê-la
E se torna ferina feita massa!
Se a pronuncio, vai rodando ao vento
E na metamorfose é monumento
E vira espada para o ataque pronta.
Tem o valor da prata por tesouro,
Porém, não dita, vale o peso em ouro
E o silêncio é que em transes amedronta!
Esio Antonio Pezzato
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