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12 de agosto de 2013

Os Imigrantes

                             


                                         
                               



Neste mês de Agosto, quando Piracicaba completa 246 anos, não podemos nos esquecer dos Imigrantes
que sempre foram parte importante do progresso de nossa cidade.
A foto em questão é apenas uma foto qualquer, deixo aqui como nota.
O poema transcrito abaixo faz parte de meu Poema "Os Caipiras", publicado no ano de 2009.
Espero que leiam e gostem desse trecho do Poema em questão.




                                   Canto IV

Imigrantes


                       I

Como o Progresso aqui, audaz crescia,
O nome da cidade foi levado
Bastante além de sua cercania;
O vento, num refrão apaixonado,
Como o candente sopro de poesia,
Muito além do País era escutado.
Assim, de outros países, Imigrantes,
Vem cá viver sonhos mirabolantes...

                       II

Esse Povo com luta e com trabalho,
Co’o suor a escorrer do próprio rosto,
Tendo a esperança azul por agasalho,
Por nossa terra foi tomando gosto!
De sol a sol, sangrando o solo em talho,
O Imigrante com força e bem disposto,
Na terra boa foi plantando a vida
Numa esperança multicolorida! 
             
                       III

Crescendo no fulgor de lindos sonhos,
As fazendas com muitos operários
Eram vales floridos e risonhos
Onde cantavam rolas e canários!
Às vezes cantos líricos, tristonhos,
Emolduravam mágicos cenários:
(O sertanejo diz que se consola
Cantando ao som magoado da viola...)

                       IV

As festas, nos terreiros das fazendas,
Eram alegres, belas, divertidas...
Enquanto as mães cerziam velhas rendas,
As crianças, razão de nossas vidas,
Faziam brincadeiras estupendas
Com suas vozes limpas e aquecidas.
As noites eram de alegria imensa
Do dia de labuta – a recompensa!

                       V

Primeiramente para cá vieram,
Trazendo muitos jeitos diferentes;
Eram costumes, eram danças, eram
Os modos de vestir... Mas todos crentes
Na dádiva da Terra-mãe, esperam
Encontrar os trabalhos convenientes
E em linguagens precisas de legendas
Vão ser os baluartes nas fazendas.

                       VI

A cultura do ciclo cafeeiro
Teve as sublimes mãos dos Imigrantes;
E sendo um povo honesto, culto e ordeiro,
– Para o trabalho os mais fiéis amantes! –
Integrando-se ao solo brasileiro,
Alastraram por todos os quadrantes;
Após um tempo esses trabalhadores
De muitas terras eram já senhores!
                     
                    VII

A esperança que aqui desenrolava
Era a esperança própria da virtude...
Se na cidade o povo acreditava
O progresso sorria com saúde.
Gente trabalhadora e não escrava
Com músculos de eterna juventude,
Dava o melhor de si, dava seus sonhos,
Para ter dias amplos e risonhos!

                       VIII

Porque plantaram suas esperanças
Mostrou-se a terra produtiva e imensa;
Era a terra das bem-aventuranças
Onde a fartura produzia a crença.
E eram sorrisos meigos de crianças
Que sentindo dos pais a recompensa,
Estudavam, sorriam trabalhando,
Como das andorinhas, denso bando...

                       IX

Às vezes, um ou outro, com amigos,
Falava de outros climas com saudade...
“Mas onde encontrarás amplos abrigos
“Tanta fartura e força de vontade
“Para vencer os traumas e perigos
“Que em outros vales há em densidade?”
Na mesm’hora calava pensativo
Quem reclamava em tom acusativo...

                       X

Como o progresso era bem mais que um fato
E por estar da Capital tão perto,
Piracicaba foi um simples hiato
Para o Estrangeiro, o oásis no deserto.
O povo urbano e cheio de recato,
Com respeito tratava, a céu aberto,
Os novos moradores que chegavam
E a uma nova família que formavam... 

                       XI

As colônias então foram formadas:
Chegaram os primeiros italianos...
Novas culturas eram ensinadas
Aos nativos caipiracicabanos...
Num misturar de línguas enroladas
Cometiam-se líricos enganos;
Escutavam-se, à luz do querosene,
Vozes a murmurar:– “te voglio bene!...”

                       XII

“Vai haver casamento na Capela...”
E o acontecimento na cidade
Calcava em tudo as cores da aquarela...
Num raro poema de felicidade
O noivo, acompanhado da donzela,
Todo cheio de sonhos e vontade,
Ia distribuindo aos conhecidos
Sorrisos e desejos coloridos...

                       XIII

A miscigenação assim começa:
Brasil e Itália, em amorosos laços,
Começam a viver e a amar e nessa
União de corações, em mil abraços,
As famílias, em paz, numa promessa
De futuro melhor, fazem compassos
De danças, e a alegria a tudo invade,
No vasto campo da felicidade!...

                       XIV

E vieram depois fazendo tropa,
Estrangeiros de todo o vasto mundo...
E de cada país da Ásia ou da Europa
Aqui chegaram com amor jucundo.
O progresso que exótico galopa,
Foi largo, foi ao longe, foi ao fundo...
Assim Piracicaba foi crescendo,
Unida aos Imigrantes foi vivendo. 

                       XV

Chegam também ingleses e franceses...
E numa Torre de Babel em festa
Passamos a viver... Algumas vezes
Em língua estranha alguém se manifesta,
Mas logo um outro, em modos bem corteses,
Desfaz a confusão, apara a aresta...
Confuso ouve-se um “thank you” misturado
A um “merci” e logo após, “muito obrigado!”

                       XVI

Chegam os árabes e palestinos,
Os espanhóis, os sírios e os coreanos,
Todos na Fé unindo seus destinos
Passam a ser Caipiracicabanos!
Aprendem a cantar os nossos hinos,
E não costumam cometer enganos –
São honestos, leais, trabalhadores,
Poetas, seresteiros e cantores!

                       XVII

Chegam depois do Oriente, os japoneses,
Os alemães e a nobre raça ariana.                                    
Chegam também judeus e os libaneses
Dando pujança à piracicabana
Cidade que crescia várias vezes...
Veio após a colônia Castelhana
E dentro da Cidade assim havia
Mundos à parte, plenos de harmonia!

                       XVIII

Descendentes de escravos africanos,
Quando esta mancha no Brasil pairava,
Temos também os piracicabanos,
Que foram, no passado, a mão escrava.
Porém, pelo passar veloz dos anos,
Essa raça potente, forte, brava,
Mostra o valor que tem, suas raízes,
E seus modos de vida tão felizes. 

                       XIX

Eles trouxeram para esta cidade
O valor da cultura milenária.
E trabalhando com intensidade,
Para Piracicaba centenária
Mostraram toda a sua integridade
Na alegria de força extraordinária.
São danças, são folclores e folguedos,
Também um mundo cheio de segredos.

                       XX

Na ginga da soberba capoeira,
Nos ensinaram rindo a sua dança.
Se até dizemos que ela é brasileira
É porque nela temos a esperança
Que nossa Pátria, um dia, viva ordeira,
E traga amor e paz em abastança.
É por isso que aqui os africanos
São valentes caipiracicabanos!

                       XXI

Todos esses heróis trabalhadores
A esta Piracicaba deram vida.
Eram grupos de honestos mercadores
Ou, tornando a paisagem mais florida,
Da terra eram valentes lavradores.
Assim, enquanto a terra era ferida,
Passando o tempo da semeadura,
Os alimentos vinham em fartura.

                       XXII

Piracicaba é muito mais que um sonho,
É uma cidade que não tem limite.
Se, nestes versos o lirismo ponho
Pode um surgir que em mim não acredite;
Porém, se trago o coração risonho,
Para todos, eu faço um só convite:
Que venham conhecer minha cidade
Só para comprovar esta verdade.
  
                       XXIII

Piracicaba é um hino de poesia
Ao Imigrante que aqui fez seu ninho;
Pois desta terra tem a melodia
E o canto de quem nunca está sozinho.
Eis a terra da luz, da fantasia,
Oásis a quem vive no caminho.
E o Estrangeiro também diz em seu canto:
Esta é a Cidade que adoramos tanto!

                       XXIV

Nossa Piracicaba sempre bela,
Adotada por tantos Imigrantes,
Dos brasileiros céus é grande estrela
A cintilar em todos os quadrantes.
Tudo forma uma exótica aquarela
Na variação de tantos habitantes.
Num poema de luz e de verdade,
Vibram as cordas da Fraternidade!

                       XXV

Declaração mais viva e mais intensa
Desse amor que povoa a minha mente,
Não pode comparar-se ao canto e à crença
Que no meu coração pulsa fremente.
Tamanho amor o invoco na presença
De todas as canções no peito ardente.
Piracicaba é um sonho, uma esperança,
Que para o verde do amanhã se lança.

                       XXVI

Se legiões de estrangeiros aqui moram,
Tiveram liberdade para a escolha.
Sem distinção de credo eles adoram
Esta cidade, pois quem há que acolha,
Com carinho de mãe, onde se irroram
As bênçãos do progresso e jamais tolha
A gana de crescer, de ser um forte,
Se o dom de trabalhar é a grande sorte?
  
                       XXVII

Quem tiver mãos adeptas ao trabalho
Com certeza terá neste recanto
Um teto para ser seu agasalho
E voz para soltar um terno canto.
Piracicaba nunca foi atalho
E ao Imigrante nunca trouxe pranto.
Quem aqui trabalhar com sua crença,
Da cidade há de ter a recompensa.

                       XXVIII

Atentem para os nobres tiroleses
Morando em Santa Olímpia ou em Santana;
Atenção para os muitos portugueses
E para a nobre gente italiana.
Todos deixaram suas dioceses
E hoje são gente piracicabana!
Venceram intempéries e empecilhos,
Aqui casaram e tiveram filhos!

                       XXIX

Nesses locais com alma tirolesa
Piracicaba canta em seus dialetos
E uma alegria cheia de certeza
Contamina, feliz, todos os tetos...
Lavradores da madre Natureza
Agem de modos simples e corretos.
Com gestos dos nativos italianos,
São brasileiros piracicabanos.

                       XXX

Com larga culinária saborosa
A polenta com frango há quem a imite?
O vinho de laranja bem gostosa
Faz ainda mais abrir nosso apetite.
Santana e Santa Olímpia são a rosa
Que fulguram nos sonhos de Afrodite.
E com seu canto transmudado em ouro,
Jânea Falcão convoca-os para o coro.
  
                       XXXI

Assim o Stella Alpina em transe canta
As tradições em grande repertório.
E nosso coração, feliz se encanta,
Quando o vê de chapéu e suspensório
E coloridas roupas como manta.
Unidos formam um repositório
E vem dos corações com alegria
A música repleta de poesia.

                       XXXII

Formam os Imigrantes na cidade
Uma família piracicabana.
Num grande sonho de felicidade
Onde, em festas, o povo se engalana.
Eis o Poema da Fraternidade!
Eis a União na Capital da Cana!
O Imigrante e o Nativo eis que se enlaçam,
E com as mãos do coração se abraçam!

                       XXXIII

É o Hino da Família que solfeja
Maravilhosos e sentidos cantos.
É a alma nativa que em carícias beija
Estranhos corações cheios de encantos;
É a viola na balada sertaneja
Que às almas traz os líricos quebrantos.
Luar que envolve a noite de magia,
Que à Noiva faz ter sonhos de Poesia.

                       XXXIV

Portanto a voz nativa se mistura
Às milhares de vozes estrangeiras.
Nascendo de maneira densa e pura
Outras falas às falas brasileiras.
Esse novo dialeto mais fulgura
E causam inocentes brincadeiras:
É o tedéu, Dio buono da Madona,
Que às vezes nada diz, mas impressiona. 

                       XXXV

Há também a cultura libanesa
Quibe e esfirra são pratos requintados.
No Mirante, porém, quanta fineza,
Os pintados na brasa são assados!
Nas hábeis mãos da gente japonesa
Sushimi, tempurá e outros variados...
Nos domingos, porém, ninguém se engana:
Macarrone e galetto a lla italiana!

                       XXXVI

É a miscigenação de povos vários
Onde a mímica é a voz feita de gestos,
Pintassilgos, coleiros e canários,
Que brindam esse amor em manifestos.
São cadências de azuis Stradivárius
Estrangeiros irmãos de iguais contextos.
Piracicaba é um mundo neste aviso,
Recanto de florido Paraíso.

                       XXXVII

Todos eles unidos nessa luta
Fazem Piracicaba ser mais forte.
Não precisam usar a força bruta
Para mostrar que têm a grande sorte
De viver nesse chão de forma arguta.
A Noiva da Colina tem o porte
De uma Deusa sublime, alvissareira,
De uma bela cidade brasileira.

                       XXXVIII

Todos têm o conforto merecido
Com a força divina do trabalho.
Piracicaba é o rumo mais florido
Para quem usa o Esquadro, o Prumo e o Malho.
O Imigrante aqui vive decidido
E jamais põe os pés em outro atalho,
Que às vezes brilha, mas contém enganos,
Nem tem os sonhos piracicabanos. 

                       XXXIX

Hoje Piracicaba comovida
Agradece esses nobres Imigrantes,
Que deixaram a Noiva mais florida
Co’o carinho sublime dos amantes.
E cada um deles doando sua vida
Aqui viveram líricos instantes.
Neste caipira chão pondo raízes,
Tiveram os seus dias mais felizes.

                       XL

E todos hoje, piracicabanos
Trazem na fala os erres carregados.
Bradando com ardores soberanos
Que são por este solo, apaixonados.
Espanhóis, portugueses, italianos,
Defendem nossa terra iguais soldados:
Cantam com vozes fortes nossos cantos
E vivem a exaltar nossos encantos.

                       XLI

Esses heróis – devemos nós louvá-los,
Porque Piracicaba hoje pujante
No progresso seguiu sem intervalos
E se fez cada dia mais brilhante.
Todos a largos trotes de cavalos,
Com arados, na força dominante,
Volveram solos virgens das fazendas,
Onde brotaram vidas estupendas.

                       XLII

Portanto os Imigrantes festejemos
Na alegria maior de nossa vida.
De Estrangeiros passaram aos extremos,
E na paixão intensa e colorida,
No Rio foram por as mãos nos remos
Numa vontade pura, decidida,
De serem muito além de brasileiros,
Caipiracicabanos verdadeiros!

                       XLIII

Assim nessa alegria imorredoura
Piracicaba lírica se encanta.
Há fulgor, densa luz que tudo doura,
Quando na terra uma semente planta
Um terno visionário da lavoura.
O Imigrante feliz da vida canta!
A terra nova e virgem ele fere
Num ritual de sagrado miserere.

                       XLIV

A lua mais propícia eis que ele espera
Para fazer a nobre semeadura.
A chuva há de trazer a primavera
Para as flores brotarem em fartura.
A Terra lhe é benquista, lhe é sincera,
É Verdade da vida santa e pura:
Quando a semente boa ao chão se lança,
A Vida brota plena de Esperança!

                       XLV

Por isso – homem do campo ele agradece
Da Terra-mãe, angélico presente;
Eis que o Imigrante faz a sua prece
Agradecendo a Deus Onipotente
O resultado dessa loura messe.
É um poema de amor, num sonho crente!
Assim Piracicaba na colheita
A sua gente vê ser satisfeita.

                       XLVI

Hoje Piracicaba é uma colmeia
Composta por milhares de estrangeiros,
Que formam rimas para esta Epopeia
Na ventura de serem brasileiros.
Vivendo aqui são nesta grande Aldeia
Caipiracicabanos altaneiros!
Aqui semeiam, plantam, colhem, vendem,
E nossos modos de viver entendem!
  
                       XLVII

Andando pelas largas avenidas,
Nada mais somos nós do que Imigrantes,
Porém, desta Cidade nossas vidas,
Estão ligadas a elos fulgurantes.
As sombras do passado estão perdidas
Nossos antepassados vão distantes...
A Noiva da Colina é nossa Terra
Por ela todo o nosso amor se encerra.

                       XLVIII

Podemos ser chamados de nativos
Que há várias gerações aqui estamos.
De tão belo lugar somos cativos,
Desta Árvore da Vida somos ramos.
Por ela nossos sonhos são altivos
E é por ela somente que sonhamos.
Piracicaba enfim é nosso Mundo,
E aqui vivemos com Amor profundo.

                       XLIX

Nossos sonhos são líricos e suaves,
Nossa ternura traz a paz imensa,
Não tememos engodos nem entraves
Que temos n’alma o amor por recompensa.
Os nossos corações, quais belas aves,
Sempre têm a cantar sincera crença;
Com muito orgulho somos nós caipiras,
Com erres dedilhando em nossas liras.

                       L

Sabemos distinguir do que é chacota
A malícia que vem junto do gozo;
Com orgulho aceitamos a derrota
Mas que não venha nunca em tom jocoso.
Porque nossa Esperança azúlea brota
Num sorriso sincero, franco, brioso,
Estamos prontos sempre para a luta,
Jamais fugindo de qualquer disputa. 

                       LI

A força do denodo que nos doma
Foi-nos imposta com suor paulista.
Não há, portanto, um gladiador de Roma,
Que possa acreditar numa conquista.
Em nosso coração a força assoma
Embora seja calma e pacifista.
Mas se nos agredirem por pirraça,
Saberemos mostrar a nossa Raça.

                       LII

Pezzato, Penachione, Tomazella,
Oliveira, Morales, Silva, Estrada,
Trevisan, Rizzi, Campos, Vitti, Stella,
Rosenthal, Camponês, Pacheco, Espada,
Spolidoro, Frutuoso, Diehl, Vilella,
Fogaça, Trivelin, Garcia, Andrada,
Villanova, Chaddad, Passini, Santos,
Moretti, Cherubin, Dutra e outros tantos...



 

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